JOAQUIM CORRÊA CINTRA,
NOS 150 ANOS DE
CAMPOS DO JORDÃO
A data de 29 de abril de 2024 marca o sesquicentenário da fundação de Campos do Jordão. Em um século e meio de história, muitos eventos e vultos deixaram o legado de sua lembrança. Um deles foi Joaquim Corrêa Cintra.
Nascido em 16 de agosto de 1916 na cidade mineira de Passos, Joaquim Corrêa Cintra mudou-se para Campos do Jordão, em busca de saúde, pois contraíra a tuberculose. Curado, aqui ficou e tornou-se uma das mais destacadas personalidades da história da Cidade.
Jornalista, propugnador do turismo, incansável promotor de eventos sociais, político, fotógrafo, artista plástico, notabilizou-se também em uma atividade que nos diz respeito: foi xilógrafo.
Na década de 1940, trouxe para Campos uma tipografia de composição manual (*), na qual publicou o seu jornal A Cidade de Campos do Jordão, semanário cujo primeiro número é datado de 6 de março de 1949. Nele, Joaquim ocupava-se da parte editorial e seu irmão José, dos trabalhos de diagramação e impressão. A parceria fraternal funcionou a contento e, depois do primeiro, seguiram-se mais outros 556 números, até a data da morte de Joaquim, em 30 de novembro de 1972.
O ingresso de Joaquim Corrêa Cintra no mundo xilográfico foi provocado pela vontade de enriquecer seu jornal com ilustrações. Àquela época, usava-se o clichê metálico para ilustrar periódicos. Não existia, porém, quem os produzisse nesta região. Encomendas, portanto, só em clicherias da Capital e uma viagem até lá demorava cerca de sete horas. Daí, o criativo Joaquim começou a entalhar matrizes xilográficas, as quais inseria na composição tipográfica. Reviveu o tempo em que tipografia e xilogravura trabalhavam juntas.
As gravuras de Joaquim, impressas no jornal A Cidade de Campos do Jordão, são do acervo do Museu Casa da Xilogravura.
(*) A tipografia de Joaquim Corrêa Cintra, após sua morte, passou à SEA, instituição educacional de Campos do Jordão fundada pelo Frei Orestes Girardi. Tornada obsoleta pelo advento do computador, essa tipografia foi comprada e restaurada pelo Museu Casa da Xilogravura e, hoje, é usada para a produção de impressos artísticos, nos quais ainda se reúnem a tipografia e a xilogravura.
Serviço:
Exposição: Joaquim Corrêa Cintra Nos 150 Anos de Campos do Jordão
Período: De 29 de abril a 31 de agosto de 2024
A Casa da Xilogravura está aberta ao público das 9 às 12 e das 14 às 17 horas diariamente, de 5ª. a 2ª. feiras. (Fecha terças e quartas-feiras)
Entrada: R$ 30,00 Meia entrada: R$15,00 (Idosos, professores e estudantes com carteirinha pagam meia entrada)
Grátis para menores de 12 anos e grupos previamente agendados de escolas gratuitas.
Endereço: Av. Eduardo Moreira da Cruz, nº 295 – Vila Jaguaribe
Campos do Jordão – SP
Contato: (12) 3662 1832
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